"O Paulo nos chamou para irmos ao Strike jogar boliche. Vamos?" Esta foi a frase que recebi ontem, no final da tarde, do Gian. Fiquei super empolgada, porque sempre adorei jogar boliche. "Vamos, sim", respondi.
Na entrada do Strike, resolvi ler uma plaquinha minúscula, enquanto o Gian fazia a comanda. Em letras maiúsculas, algo me desapontaria: "É proibido que GESTANTE jogue boliche". Eu pensei: "Eles estão de brincadeira, né?" Falei pro Gian, baixinho, que lesse a plaquinha. Ele leu e olhou com cara de dó pra mim. Acho que imaginou que eu ia começar a chorar, ali, na porta do boliche. Respirei fundo e falei: "Vamos entrar. O pessoal deve estar nos esperando".
Chegando na mesa, após cumprimentar todos, olhei para o local onde o funcionário chama as senhas e pegamos os sapatos e meias descartáveis. A plaquinha ali estava maior. A mesma frase proibindo gestante de jogar boliche. Aquilo não estava legal. É igual dar sorvete na mão da criança e falar: "Fica só olhando, tá?"
Na hora que nossa senha foi chamada, perguntei ao rapaz: "Por que gestante não pode jogar boliche?" Ele respondeu diretamente: "Porque você pode pisar na pista que tem óleo, escorregar, cair e bater a barriga no chão". Eu olhei pasma para ele e falei: "Meu Deus, credo, que cena de filme você está falando aí?" Aí eu disse: "Primeiro que eu nunca pisei na pista quando joguei boliche, e segundo que eu posso descer as escadas, na saída, escorregar e cair e fazer tudo isso aí que você falou". Ele deu uma risadinha e perguntou pro Gian e pros meus amigos os números dos sapatos deles. Ou seja, eu estava fora da jogada mesmo! O Gian olhou pra mim e disse: "Você está bem?" Respondi: "Estou, só não concordo com isso. Eu só queria jogar boliche."
Quando chegamos na pista, eu pedi para escrever os nomes de cada um. Então, me embaralhei, não sabia onde apertava para começar a jogada, e chamei um outro rapaz do Strike para me ajudar. Então ele olhou pra mim e falou: "Você trouxe a BOLA de casa?" Tá bom que eu sempre brinquei que minha barriga era uma jabulani, mas naquela altura do campeonato o que eu menos queria era piadinha sobre ela. Então respondi: "Mesmo trazendo a bola, eu não posso jogar." Ele falou imediatamente: "Traz a bola e ainda quer jogar boliche com outra bola?" Olhei pro Gian e na cara do funcionário falei já irritada: "Mais gente, hoje é o dia, né?" O Gian falou: "É amor, você não está com sorte".
Queria jogar, pelo menos 1 bolinha. Mas ficou no desejo. Diverti com o pessoal, torcendo pra cada um fazer seu "strike" e seu "spare", mas o Gian entendeu que eu não quero voltar tão cedo.
Procurei sites sobre gravidez que pudessem descrever a proibição de jogar boliche. Não achei. Era regra do Strike. Alguma grávida desastrada deve ter caído, e em seguida, criaram a regra. Fazer o que, né? Em pensar que faço tanta coisa com o Miguel na barriga. Gravidez não é doença não. É uma condição imposta. E cada grávida sabe o seu limite. É só isso que eu acho!
Desejo um ótimo sábado a todos!
sábado, 24 de julho de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Que chato isso amiga, pra vc ver que tem pessoas que ainda não são tão esclarecidas sobre que gravidez não é doença, quando eu venho trabalhar a pé todo mundo fica me olhando com uma cara de dó, querem me dar carona,eles não entendem que eu apenas quero andar...isso ajuda no dia do parto...ainda mais eu que quero ter normal...
ResponderExcluirrsrs... ixi menina, eu nao podia pegar peso por muito tempo da minha gravidez, tive placenta baixa e me impediam de muita coisa. Pelo bebe, eu respeitei, graças a Deus foi tudo bem! Mas num é bom fazer tanta força com uma bola de boliche né? Ainda mais com 7 meses e tanto... vai que numa jogada o Miguel se empolga, se ta na fase mais delicada agora, da espera!!! E ele ta chegando!!!
ResponderExcluiro que vc quis dizer com "Em pensar que faço tanta coisa com o Miguel na barriga."?? Heim mocinhaaaaa
ResponderExcluir